domingo, 20 de outubro de 2013

O muito difícil não é, assim, tão difícil. Mas o não tão difícil (poutz!) é difícil para caraca!




Quando mergulhei nesta odisseia nutri-alimentícea-emagrecedora, já desconfiava que passaria por alguns perrengues e dificuldades. Dentre a gama variada de fatores inerentes a um estilo de vida mais saudável, o que mais me deixava encucado, claro, era comer menos – e o menos, logicamente, viria acompanhado de trocas por opções mais ricas em nutrientes e que fizessem uma maior diferença nesse organismo acostumado às calamidades gordurosas. Mas (surpresa!!!) não tem sido tão complicado como eu, em um primeiro momento, havia julgado: existe vida em meio às torradas, saladas, e requeijões (light). Longe de ser prazeroso, o novo rumo de hábitos que insisto a mergulhar dentro não se apresenta (thanksGOD) tão calamitoso. 

Em contrapartida, o que eu julgava ser a parte mais tranquila é um calvário. Claro que estou falando da academia. Apesar de não gostar do ambiente, já tinha um certo conhecimento de causa no assunto – quando era adolescente, frequentei por uns dois anos e perdi uns 18 quilos, à época. Óbvio que como não brinco em serviço, fiz questão de, ao longo dos últimos anos, ganhá-los todos de novo e me superar adquirindo algum pesinho extra. Então, achei que seria como se tivesse 18 anos novamente e me acostumaria. Like Always: opção errada.

Acordar cedo para ir malhar é um problema. Tomar café (ou comer duas bananas) antes de ir malhar é um problema. Tirar o pijama para colocar a roupa da malhação é um problema. Andar até a academia é um problema. Subir na esteira e começar a me movimentar é um problema. Puxar o “peso” é um problema... O problema só vira solução quando acabo tudo e esboço um super sorriso para dizer “tchau, gente”!

Além da falta de disposição, tem as dores. Estou longe de pegar um peso absurdo. Mas, mesmo assim, levantar os braços acima da cabeça para dar um “alô”, definitivamente, não está tranquilo como antes. Ah, isso porque eu ainda faltei dois dias na semana passada. Ok, não tem jeito, sei que tenho que voltar ao templo de Narciso. Afinal, já é quase segunda-feira de novo. Daqui a pouco, inclusive, vou dormir para não ter a desculpa de estar sonolento demais para me levantar. Na verdade, ‘cá pra nóis’, até parece que eu preciso de uma desculpa para ficar debaixo das cobertas.

Até quinta!



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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A seita de Narciso


Se Narciso, aquele camarada super bonitão da mitologia greco-romana, fosse uma figura presente na época contemporânea, tenho certeza que, em vez de um rio localizado em um cenário bucólico, o local de eternização do camarada, certamente, seria em uma academia. Olhando pelo lado positivo da abstração, pelo menos o bobão não morreria afogado ao tentar agarrar a sua própria imagem. No máximo conseguiria um galo na testa ao tentar beijar a própria face. Apesar deste personagem fazer parte do imaginário popular, arrisco que grande parte dos frequentadores do “templo de desenvolvimento dos músculos” são, mesmo inconscientemente, participantes da seita em homenagem ao Narcisão.

Eu explico: ao adentrar em uma academia, o espelho é mais encarado do que qualquer outro altar religioso. Ao passo que halteres são içados e abaixados, caras e bocas são feitas em frente à face do vidro polido que reflete a luz; em alguns momentos para checar o volume de esforço que o movimento pede (nessa hora, um leve 'franzindo' a testa pode ser constatado em quase todos os adeptos da seita), no descanso, geralmente entre um exercício e outro, o rosto esboça um leve sorriso (a testa já está normal à esta altura) ao constatar o molde saudável que está sendo esculpido ali. Bonito de se ver...

Enquanto os seguidores da seita seguem o culto (ao corpo), pagãos iguais a mim realizam os esforços iniciais para estarem aptos a se tornarem fiéis. Nesse caso, o espelho, apesar de compor o contexto, não é assim tãããão importante. Ainda mais levando em consideração que não estamos sequer em condições de seguir com muita velocidade na procissão... a esteira. Mas é assim mesmo, não é fácil conquistar a confiança e receber as bênçãos de Narciso. Heheh




Hoje foi o meu terceiro dia frequentando o templo. No primeiro, há um processo de purificação: o exame físico, que funciona como um ritual onde são apontados todos os componentes que “sobram” na sua estrutura. Vale ressaltar que uma psicóloga deveria participar do bombardeio de realidade. Vamos aos resultados: tenho que perder apenas 26 quilos #oremos, a circunferência abdominal está 'apenas' 30 cm acima do recomendado (ufa, pensei que fossem 60 cm #mentira). Neste momento, enquanto o sacerdote (ou instrutor) discorria sobre as (grandes) medidas das pernas e braços, eu parei de prestar atenção e passei a listar todos os sinônimos do verbete “gordo” que eu conhecia. No fim, acho que a tentativa não foi suficientemente satisfatória: voltei ao foco exatamente quando ele disse que o percentual de gordura era de 30% - o ideal, de acordo com a minha memória, gira em torno de 9%. Tudo bem, eu não ligo. Pelo menos o meu globo ocular está dentro dos padrões... tá, se tentassem mensurá-lo para me provar o contrário, por segurança, eu não deixaria.

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domingo, 6 de outubro de 2013

Primeiro passo: dizer ADEUS





Não sou muito fã de despedidas; na verdade, eu abomino separações de qualquer gênero, ainda mais quando se trata de pessoas (ou coisas) tão comuns à nossa rotina. Mas, agora, acho que sou obrigado a passar por uma situação dessas. Sabe aqueles momentos em que você precisa colocar um ponto final em um período e começar um parágrafo novo? Melhor do que isso, que tal iniciar um capítulo todo do zero? Não, não estou indo fazer uma viagem apenas com passagem de ida, ou entrando dentro de um guarda-roupas na busca pela minha fatia do reino de Nárnia. A verdade é que hoje é meu último dia (por um bom tempo, conjecturo) para poder apreciar de forma desmedida as gordurosas iguarias que me fazem tão bem #sóquenão. Enquanto degusto um saboroso hambúrguer – sim, eu mereço um good-bye decente – começo a imaginar como será a partir de amanhã, a terrível segunda-feira. Desta vez, juro tentar não ficar apenas na promessa, é hora de começar a agir. Afinal, quando os quilinhos a mais começam a incomodar, a coisa mais sensata (e chata) a se fazer é promover certas mudanças que os levem para longe.

Este é apenas o início do processo – ou uma espécie de pré-processo, já que, tecnicamente, estamos no domingo e o meu hambúrguer ainda não acabou. A ideia é que daqui a uns meses, os textos discorram sobre assuntos como “nossa, a alface é a minha melhor amiga”, “legumes, como vivi sem vocês durante todo esse tempo”, ou então “os preparativos para a minha décima maratona”... Por hora, essa é uma realidade bastante distante, mas, apesar de um tanto difícil e complicado, não vou encará-la como impossível (hambúrguer chegando ao fim).

Então, tive a ideia de publicar esse processo – cujo sucesso, afirmo, não é nada garantido – para que, além de fornecer algum material para quem não tem nada melhor para ler, fiquem registradas as etapas desse projeto maluco e sem precedentes. Em seis meses, prometo, coloco uma foto de antes e depois, independente do resultado. Eu juro #crossingthefingers. Tá vendo, já comecei a sentir os ares da pressão psicológica e da busca desenfreada por resultados no ar... em teoria, já que o hambúrguer já acabou, mas ainda não terminei de beber a coca. No mais, se um gorduchinho como eu perder peso, qualquer um poderá realizar a façanha. Caso eu não consiga, te convido a chorar comigo escutando e cantando desesperadamente “All by myself”, da Celine Dion – aquela música que ela grita para chuchu.

Enfim, a coca acabou e, junto com ela, vou me despedir do post de estreia e chorar pelas próximas duas horas, para depois sonhar com cataratas de chocolate, oceanos de refrigerantes e árvores cujos frutos são sanduíches. Ok, exagerei... Estarei por aqui duas vezes por semana para contar tudo o que acontece: desde os corpos perfeitos e musculosos da academia até a tal da reeducação alimentar que está prevista para começar, sob acompanhamento médico, no mês que vem. Mas isso, claro, é papo para um ouuuutro post.

Ass: (quase) ex-gordinho
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